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A Natureza De Ser Rogue e, naturalmente, um rogue deck

André Mateus joga desde 2003 e teve a oportunidade de combinar a paixão de fazer decks com a paixão de escrever. Os seus decks e a sua escrita chamaram a atenção de sites como o da Wizards, Starcitygames. com e Mana Deprived. Agora podem ler mais sobre ele aqui em Mana Ramp e ver as suas rubricas mensais como Modern Masters e Um Pequeno T2.

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“Quando é que vens com um deck a sério e ganhas um torneio?”

Marcos Quaresma     

" Oh, ele vem sempre com decks pra brincar!”

                                                                                              Márcio Carvalho      

“O André deve julgar que está a jogar Legacy!”

  Vasco Bonifácio      

“Que nome deste a este? NO LEVEL BLUE?!”

Diogo “Néspias” Mendes    

 

 

Olá, uma vez mais! Permitam-me um breve momento de vaidade para me reapresentar. O meu nome é André Mateus, a escrita é a minha profissão (ou pelo menos, é esse o argumento que uso sempre que os meus avós sempre se lembram de perguntar, pela milésima vez, quando é que eu arranjo um emprego a sério e saio de casa) e Magic: The Gathering é a minha paixão. Tive a grande sorte de poder combinar os dois “ofícios” nos sites StarcityGames.com e ManaDeprived.com e, agora, no ManaRamp.wix.com.

 

O que mais me atrai a este jogo é, de longe, a construção da nossa arma, do nosso deck. Existem, essencialmente, duas escolas de pensamento sempre que este assunto é abordado. A primeira, assente na lógica e nas estatísticas, baseia-se em escolher uma das muitas listas que obtiveram algum grau de sucesso recentemente, nomeadamente ganharem ou terem estado presentes nalgum Top8, testá-la e levá-la ao próximo torneio, com ou sem alguma pequena alteração que a adapte ao nosso estilo de jogo. Pega-se em algo que esteja a ter bons resultados e temos bons resultados com ele. Simples, eficaz e...aborrecido.

 

A segunda escola, mais emotiva mas favorecendo a criatividade, envolve focarmo-nos numa ideia, num conceito ou numa dada interacção entre um qualquer número de cartas e desenhar toda uma nova estratégia a partir da mesma. Díficil, raramente eficaz...mas tudo menos aborrecido.

 

São muitos os artigos que expõem as inúmeras vantagens de copiar uma lista da Internet, mas são bem mais raros aqueles que se debruçam sobre os aspectos positivos de levar a nossa invenção a um torneio. Sim, é uma verdade indiscutível que as probabilidades de sucesso são muito maiores quando a nossa arma é um deck construído, testado e com os planos de sideboard do Patrick Chapin ou do Gerry Thompson mas, tal como nós tivemos acesso a estas listas e estes autores, também teve o nosso oponente e não há nada mais frustrante do que defrontar as mesmas 75 num PTQ (excepto, talvez, defrontar um amigo com as mesmas 75). Com um deck diferente, um rogue deck, a probabilidade de nos depararmos com um “mirror match” é praticamente nula e o factor surpresa está sempre presente pois, muitas vezes, estamos a usar cartas que viram pouco ou nenhum jogo e o nosso adversário nunca sabe concretamente o que esperar ou do que jogar à volta.

 

E, se forem alguma coisa como eu, obter sucesso com uma lista feita e testada por outra pessoa é quase como copiar pelo nosso parceiro e ter 18 no exame. Sabe bem, claro, mas é efémero. Passámos à cadeira com distinção mas, dois anos depois, numa noite passada com os colegas num bar, alguém se lembra de trazer o tema do teste à baila e discutir o enorme grau de dificuldade da última pergunta e qual a resposta que demos, acabando num inevitável “Como é que não te lembras? Tiraste 18!” Criar e trabalhar num deck desde o início, ter sucesso com ele e vê-lo a ser apreciado e modificado por outros jogadores é uma experiência totalmente diferente, é algo que dura para sempre.

É essa a razão pela qual eu continuo a tentar, é essa a razão pela qual eu hoje vos apresento:

 

UR Chimera

Standard

 

Maindeck:

 

4 Izzet Guildgate

4 Steam Vents

9 Mountain

4 Island

 

4 Young Pyromancer

4 Chandra’s Phoenix

4 Spellheart Chimera

 

3 Quicken

4 Shock

4 Wild Guess

4 Lightning Strike

4 Magma Jet

4 Izzet Charm

2 Turn/Burn

2 Steam Augury

 

Sideboard:

 

1 Steam Augury

2 Rapid Hybridization

2 Hammer of Purphoros

2 Mizzium Mortars

2 Flames of the Firebrand

2 Negate

2 Gainsay

2 Domestication

 

Este deck poderia ser classificado na categoria de aggro-combo, tem uma base de mana extremamente simples e baseia-se na sinergia e poder de Young Pyromancer, Spellheart Chimera e Chandra’s Phoenix. O primeiro interage formidavelmente com a estratégia do deck, sendo uma criatura agressiva já por natureza, uma 2/1 por apenas 2 de mana, com uma habilidade da qual esta lista pode abusar, especialmente quando combinado com os mais diversos burn spells. A segunda é a grande ameaça do deck, uma vez que Young Pyromancer serve muitas vezes mais como um estabilizador do que propriamente como forma de ganhar o jogo. A Chimera pode facilmente atingir valores como nove ou 10 de poder, principalmente quando aliada a spells tais como Wild Guess, Izzet Charm e Steam Augury, formas ideais de colocar cartas no cemitério, cartas como Chandra’s Phoenix que, com 14 spells que dão dano ao adversário, é uma ameaça recorrente capaz de funcionar como motor de card advantage quando emparelhada aos 3 draw/discard spells já referidos.

 

Quicken tem o seu lugar na lista não só pela interacção e efeito surpresa que pode vir a ter com o Wild Guess, mas também porque se trata dum draw spell extremamente barato que mantém o deck a correr, fazendo mais um token para o Young Pyromancer e aumentando o poder da Chimera. No entanto, o seu reduzido impacto é reconhecido, daí apenas as três cópias. Os dois Turn/Burn figuram nas 60 pois são uma forma versátil de lidar com criaturas problemáticas para este deck tais como Master of Waves, Polikranos, World Eater ou Obzedat, Ghost Council e o número reduzido de Steam Augurys, somente dois, deve-se ao facto de ser a carta mais cara dum deck que corre apenas 21 terrenos e comprar múltiplos contra estratégias muito agressivas é quase uma sentença de morte.  

 

O sideboard reconhece os problemas em lidar com criaturas de resistência alta com a presença de 2 Rapid Hybridization e 2 Mizzium Mortars, bem como 2 Domestication para manter cartas como Master of Waves e Boros Reckoner sobre controlo. O terceiro Steam Augury, Hammer of Purphoros, Negate e Gainsay são o pacote destinado a ser usado contra decks de controlo, principalmente Esper e UW Control, com Gainsay ainda a brilhar no matchup contra Mono-Blue Devotion. Flames of the Firebrand é a solução para lidar com as múltiplas criaturas com apenas 1 de resistência que decks como Monored e Boros apresentam.

 

Não percam, já para a semana, o primeiro vídeo do “Um Pequeno T2 (Onde podemos viver os Diz)”, onde irei testar esta brew contra o Raimundo Diz.

 

E experimentem, quem sabe se…

 

“Obrigado, meu. Quebraste o formato!”

            Alguém, um dia…      

                       

 

Obrigado por lerem,

 

André Mateus

 

 

 

 

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