O objectivo desta rubrica é presentear os seus leitores com os melhores e mais emocionantes momentos do mundo do Magic The Gathering. Estes valem não só pelo seu entretenimento como também pelas grandes lições para melhorar o jogo de todos nós.

 

O ano é 2006. Makihito Mihara defronta Paulo Vitor Damo da Rosa nos quartos-de-final dos antigos Worlds Championships, em Paris. O japonês, de DragonStorm, um deck de combo desenhado á volta do poderoso feitiço de Scourge/Timeshifted, de forma a colocar uma combinação letal de Bogardan Hellkites e Hunted Dragons em jogo, toma os primeiros dois jogos, enquanto que o brasileiro, de Boros, com um exército encabeçado pelos icónicos Savannah Lions e contando nas fileiras com Knight of the Holy Nimbus e Soltari Priest, consegue dar dano suficiente com as suas criaturas e burn spells como Rift Bolt e Char para empatar a partida.

 

No quinto e último jogo, o tempo parece abrandar. Paulo tem um começo lento e depressa perde a esperança de sair vitorioso dos quartos, mas Mihara limita-se a baixar terrenos e a passar o turno, jogando um cantrip aqui e ali. A esperança volta a invadir o corpo de Da Rosa e, depois de deixar o japonês a 12, baixa mais uma criatura e suspende um Rift Bolt, anunciando que, provavelmente, Mihara só terá mais um turno de vida!

 

O japonês compra, pensa, faz um Sleight of Hand e rapidamente joga um Rite of Flame, seguido doutro Rite of Flame. É então que pára, devolve o segundo Rite of Flame para a mão e começa a contar os terrenos em jogo…ora, Dragonstorm custa 9 de mana, eu tenho 6, virei um para o Sleight, outro para o Rite, outro para o segundo Rite…Rite+Rite+3 terrenos só dá 8 de mana! Mihara enganou-se a contar nos quartos-de-final dum Pro Tour? Como é que ele se vai safar desta situação? Vê como em baixo: