
Stormbreathing Cascais! Report do PTQ (Top8)


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No passado dia 4 de Janeiro, realizou-se o Pro Tour Qualifier Journey into Nyx na Hobbit's Land, em Cascais, tendo o torneio sido organizado em parceria com a loja White Dragon, um torneio para o qual eu me tinha preparado imenso. Desde a chegada dos Estados Unidos que andava bastante ansioso e indeciso na escolha da decklist que iria registar para o evento. Apesar do Open de Standard me ter corrido bem (como poder ler neste artigo), com um score de 8-2 e um 18º lugar final, o facto de ter tido apenas 50% de vitórias frente a decks de controlo azuis deixava-me apreensivo para o metagame do nosso País. Em relação aos decks sem Sphinx’s Revelation, estava contente com as 60 de maindeck, mas sabia que teria de ganhar o primeiro jogo contra controlo e arranjar uma solução para isso. Foi então que comecei a estudar os pontos fracos dos decks de controlo do momento e a criar um sideboard adequado. Vamos então às alterações efectuadas no deck desde o SCG Open Las Vegas até ao PTQ Cascais.
SCG Open Series Standard Las Vegas:
R/W Devotion
Por João Pedro Franco
4 Ash Zealot
4 Frostburn Weird
4 Burning-tree emissary
4 Boros Reckoner
4 Fanatic of Mogis
4 Stormbreath Dragon
3 Purphoros, God of the Forge
3 Mizzium Mortars
3 Chained To The Rocks
2 Hammer of Purphoros
1 Boros Guildgate
12 Mountain
4 Sacred foundry
4 Temple Of Triumph
4 Nykthos, Shrine to Nyx
Sideboard
4-Firedrinker Satyr
3 Boros Charm
3 Anger of the Gods
1 Wear/Tear
2 Warleader's Helix
2 Assemble the Legion
E esta foi a lista que registei no PTQ:
R/W Devotion
Por João Pedro Franco
4 Ash Zealot
4 Frostburn Weird
4 Burning-tree emissary
4 Boros Reckoner
4 Fanatic of Mogis
4 Stormbreath Dragon
2 Purphoros God of Forge
3 Mizzium Mortars
3 Chained To The Rocks
2 Hammer of Purphoros
1 Chandra, Pyromaster
1 Boros Guildgate
12 Mountain
4 Sacred Foundry
4 Temple Of Triumph
4 Nykthos, Shrine to Nyx
Sideboard
1 Pithing Needle
1 Mizzium Mortars
1 Chained to the Rocks
3 Boros Charm
1 Chandra Pyromaster
2 Wear/Tear
2 Glare of Heresy
3 Assemble the Legion
1 Hammer of Purphoros
Numa primeira análise, as 60 cartas de main são idênticas à excepção da inclusão duma Chandra Pyromaster e a saída dum Purphoros, God of the Forge. O Purphoros, apesar de ser muito forte e a minha carta favorita de Standard no momento, é fraco em múltiplos, devido a ser lendária e indestrutível, e a Chandra, não só ajuda contra controlo, como também é muito boa contra as variantes de White Weenie, Esper Midrange e vários decks agressivos vindos do bloco de notas de Tom "The Boss" Ross.
Porém, a maior alteração foi no sideboard. Após imensos testes online, dava por mim a terminar todas as noites a fazer cinco ou seis alterações no side! Algo não estava be!. O plano aggro de sideboard com Firedrinker Satyr e Chandra's Phoenix não estava a funcionar devido ao aparecimento do Last Breath em quase todos os decks de controlo, de forma a lidarem com Pack Rats, Nightveil Specters e principalmente Master of Waves, mas também pelo facto deste plano de sideboard já não ser novidade para nenhum mago de Esper ou UW.
Teria de atacar estes decks por um ângulo diferente e foi então que decidi usar mais cópias de Chandra Pyromaster e um terceiro Hammer of Purphoros, sabendo que controlo carregou no número de spot removal para lidar com criaturas e eu teria de usar permanentes que ignorassem esse removal. Tomei a decisão de eliminar todas as criaturas do meu sideboard e inserir algum género de permanentes que me dessem vantagem. Esta linha de opções também beneficiava a devoção e o facto de algumas destas permanentes serem uma vantagem também contra outros matchups, e os Espers/UW's correrem poucas formas de remover permanentes, à excepção do meu inimigo nº 1: Detention Sphere.
Descrição do Sideboard:
Pithing Needle - Bastante versátil, entrou para o sideboard para combater principalmente Jace, Architect of Thought, Elspeth e planeswalkers no geral, parar a vantagem do Underworld Connections e o raio dos Ratos do Pac(k)ote (desculpem, mas odeio a carta).
Mizzium Mortars & Chained to the Rocks - Após vários testes, decidi inserir no side a quarta cópia de cada, em substituição dos Anger of the Gods. Anger é demasiado contra-intuitivo com os Ash Zealot, Reckoners e Burning-Tree Emissarys, e vai contra o que o deck realmente pretende fazer, estabelecer uma posição defensiva forte. Raramente compensava atrasarmos o nosso jogo para jogar Anger. O quarto Chained to the Rocks é realmente um pesadelo para Master of Waves no Mono Blue e Desecration Demon no Mono Black. O baixo custo de mana do Chained permite remover uma ameaça eficazmente sem impedir a continuação do nosso jogo.
Boros Charm - Plano anti-verdicts mas, mais importante ainda é o facto de proteger permanentes no geral. São sempre top, mesmo quando simplesmente dão 4 de dano!
Chandra Pyromaster - A novidade foi a inclusão da segunda no maindeck. Apesar de não ter usado o combo Chandra’s Phoenix+Chandra Pyromaster desta vez, a permanente continuou a ser um draw engine fantástico e não menosprezem a habilidade +1! Dar dano a planeswalkers ou retirar um Arbor Colossus do caminho de forma a atacar para letal com o dragão, tirar um Blood Baron of Vizkopa ou qualquer outro bicho do caminho é bastante relevante.
Wear/Tear & Glare of Heresy - Estas duas cartas foram sempre a minha grande dúvida, nomeadamente no número de cópias a usar. Teoricamente, os encantamentos que eu queria realmente destruir eram brancos (Unflinching Courage, Detention Sphere, Chained to Rocks e Assemble the Legion), mas então porque não usar Glare of Heresy? Resolve todos esses encantamentos problemáticos e ainda Boros Reckoner no mirror, Voice of Resurgence, Elspeth Sun's Champion, múltiplas permanentes nos White Weenies e afins. No entanto, a verdade é que Wear/Tea,r além de ser instant (relevante vs Spheres e Chained's) é necessária contra Domestication e Bident of Thassa no Mono Blue Devotion, pelo que optei por um split das duas.
Assemble the Legion - Assemble foi um caso especial para mim. É um verdadeiro terror contra Mono Black e as suas variantes, e opcional contra UW e Esper. Apesar de ser mais uma permanente difícil para controlo resolver, e um verdadeiro pesadelo com o Purphoros em jogo, nunca foi game-ending. Controlo consegue semi-resolver a Legion com Supreme Verdict, Detention Sphere e Jace, Architect of Thought.
Hammer of Purphoros - Melhor carta contra controlo, e uma das razões para eu jogar com o deck.
Foi este o sideboard escolhido. Uma das perguntas que me fizeram foi a questão da não utilização de Skullcrack contra Sphinx’s Revelation. Eu considero Skullcrack como uma carta demasiado reactiva e para uma situação apenas: Lifegain. O RW devotion não é um deck agressivo do género de Mono Red Aggro, é mais lento e, normalmente, quando um oponente joga Sphinx’s Revelation, fá-lo numa fase do jogo mais confortável e não sobre pressão. O que acontece é que, apesar de jogarmos Skullcrack, o mais provável é o oponente ter comprado outra Revelation e o Skullcrack não ter influenciado o jogo. Se estivermos com um deck extremamente agressivo, já obrigamos o oponente a jogar uma Sphinx’s Revelation mais cedo no jogo e, por consequente, mais curta, sendo o Skullcrack mais eficaz.
Report do PTQ Atlanta
Sábado de manhã. Baralho: Check! Dados: Check! Alice: Missing! Desta vez, a minha maravilhosa Lightning Bolt Lady teve que trabalhar :(
Cheguei à loja Hobbits Land bastante cedo, dando tempo para ver e rever amigos, trocar algumas ideias e alterações de última hora em alguns decks mas, num ápice, já estavam os seatings afixados e, pouco depois, a primeira ronda. Será desta que não apanho Esper ou UW na primeira ronda?
Ronda 1 vs ESPER (não sei o nome do meu oponente, nao aparece nos PW's points),
Win 2-0
Jogo 1 - Aqui vamos nós outra vez, a maldição continua. Esper na primeira ronda! O meu oponente consegue controlar o jogo até um ponto em que topdecko um Hammer of Purphoros e, para meu espanto não é alvo de counter, mesmo tendo o meu oponente 5 cartas na mão. Hammer deu a volta ao jogo.
Jogo 2 - Estava confiante com o meu novo sideboard contra controlo e nada melhor que prová-lo logo na primeira ronda. Com uma eficácia tremenda, a vantagem de um Hammer, uma Chandra, Glare of Heresy numa Detention Sphere e 4 de dano de um Boros Charm em resposta a uma Sphinx’s Revelation, resolveram o jogo.
Ronda 2 vs Abílio Durval de UW Control, Win 2-1
Jogo 1 - Um jogo contra um amigo, ainda por cima de UW Control. No primeiro jogo, o Durval ficou mana screw com apenas 3 lands. Ainda fez uma Divination para tentar comprar terrenos, mas foi insuficiente.
Jogo 2 - Jogo bastante disputado, a linha entre eu ganhar e ele poder controlar o jogo com uma Sphinx’s Revelation foi ténue. O Durval, a 2 pontos de vida, arrisca jogar um Fiendslayer Paladin, e um Jace, ficando somente com uma fonte de mana azul, outra branca e um Mutavault. Eu, na minha main phase, arrisco jogar o meu único out, Boros Charm a 4 de dano, pois ele não tinha duplo azul para Dissolve e, naquele momento, pareceu-me mais correcto ir FTW! Ele activa Mutavault e joga Last Breath no próprio Mutavault, subindo para 6 de vida e ficando a 2. Desvira e consegue controlar o jogo com uma Sphinx’s Revelation. Bem jogado, mano.
Jogo 3 - Faço keep a uma mão bastante explosiva, em que o obrigo a jogar Supreme Verdict para controlar a board. Após a cólera, entra um Stormbreath Dragon e ele não consegue encontrar o segundo Supreme. Jogo tenso, que acaba com o dragão monstruoso a dar o dano letal.
Ronda 3 vs António Vieira de Mono Red Aggro, Win 2-0
Jogo 1 - Perco ao dado depois de tirar 19 e o meu oponente tirar 20! Ele tem um arranque razoavelmente agressivo, mas um Frostburn Weird e um Reckoner seguram-me o jogo. Um Chained to the Rocks numa Chandra's Phoenix pára-lhe totalmente o clock. Pouco depois, a minha board ficou fortíssima e comecei a atacar.
Jogo 2 - Este jogo foi estranho, pois o António pediu para que eu começasse no play e jogou na defensiva, como se fosse um deck de controlo com burn. O primeiro spell que fez foi um Magma Jet num Ash Zealot, seguido doutro Magma Jet num Burning-Tree Emissary. Ao quarto turno, joga uma Chandras Phoenix. A minha board começou a ficar muito forte, com um Reckoner, um Frostburn Weird e uma Chandra Pyromaster, que controlaram o jogo.
Ronda 4 vs Mauro Peleira de UWR Control, Win 2-0
Jogo 1 - Eu sabia que o Mauro estava a jogar de UWR e, incrivelmente, nunca tinha jogado contra o deck. O primeiro jogo foi tipicamente aggro da minha parte, com um Hammer of Purphoros e um Fanatic of Mogis (com haste) a fecharam o jogo.
Jogo 2 - Durante o side, resolvi adoptar a mesma estratégia que utilizaria contra UW e Esper, com bastantes permanentes e hate a encantamentos, visto saber que Assemble the Legion era uma das win conditions de UWR. Acabei por jogar o jogo demasiado defensivo, visto não conhecer bem as nuançes do deck opositor mas, no fim, depois da Chandra Pyromaster entrar e, após um Supreme Verdict dele, entrar um Stormbreath Dragon, não precisei de fazer um maior comitment na board. Protegi a Chandra e o Dragão com um denunciado Boros Charm, enquanto segurava na mão um segundo dragão e um par de Fanatic of Mogis.
Ronda 5 vs Mário Franco de Mono Red Aggro, Win 2-0
Jogo 1 - Com a sorte do meu lado, dois Boros Reckoner e um Frostburn Weird seguraram o jogo. O meu oponente ainda tentou um ataque desesperado para tentar forçar algum dano, mas não conseguiu.
Jogo 2 - Full House: 2 Boros Reckoner e 3 Frostburn Weird's foram sublimes a travar a ofensiva do Mário.
Ronda 6 vs Tiago Chan de Mono Black Control, Win 2-0
Jogo 1 - Este jogo fica marcado por uma Ratchet Bomb que eu tive de jogar à volta. Foi nesta ronda que decidi ligar o “complicómetro”: o Tiago tinha a mana toda desvirada e a Bomb com dois contadores, eu tinha em jogo Frostburn Weird, Hammer of Purphoros, um Golem 3/3, 2 lands e 1 Nykthos. Jogo Burning-Tree Emissary para saber se o Tiago decidiria rebentar a bomba em resposta ao trigger do Emissary entrar em jogo, ou se esperaria por um segundo Emissary. Ele resolve rebentar e eu acabo somente com um Hammer em jogo para dar devotion ao Nykthos, ficando assim screw com dois Reckoners na mão! Esta linha de jogo castigou-me ainda mais, pois em cinco draws comprei zero lands! O meu quinto draw iria ser uma land mas, no turno anterior, o Tiago removeu-a do topo com um Nightveil Specter. Fui castigado pela minha decisão incorrecta durante alguns turnos até conseguir comprar a quarta land, forçar algum dano e ainda ganhar o jogo.
Jogo 2 - Este jogo não teve muita história. Eu tive um arranque bastante consistente e o Tiago, nos primeiros turnos, jogou apenas algumas cartas reactivas, acabando por ficar bastante flood após o deck não corresponder. GG
Ronda 7 ID vs Narciso Ferreira
Ronda 8 ID vs André Barbosa
Ainda durante a ronda 8, resolvemos todos ir jantar antes que começasse o Top 8.
Quando chegámos e são anunciados os quartos de final, fico a saber que vou jogar contra o José Maia, também ele de R/W Devotion.
Quartos de Final vs José Maia de R/W Devotion, Loss 1-2
Jogo 1 - Faço mulligan a 6 e, depois de uma troca de removal spells, o Maia explode com Nykthos e resolve o meu jogo com Mizzium Mortars.
Jogo 2 - Tenho um arranque bastante forte enquanto ele fica preso com 3 terrenos e já demasiado atrás no jogo.
Jogo 3 - Ambos vamos a 6 e eu faço keep a uma mão com 3 lands, 1 Mizzium Mortars,1 Chained to the Rocks e 1 Frostburn Weird. Fazemos umas trocas de removal até eu comprar 5 lands do topo, seguidas de outro Mizzium Mortars, seguido de mais duas lands, seguidas de uma Glare of heresy, seguida duma criatura e, para terminar, mais duas lands ainda. O Maia compra Nykthos e, basicamente, mata-me num só turno. Com somente 6 cartas, 4 delas reactivas, e 12 lands, não tive qualquer hipótese. Parabéns ao Maia e melhor sorte para a próxima.
Conclusão: não fiquei nem triste nem chateado por ter perdido. Fiquei triste sim, com o facto de me estar a divertir imenso e não poder continuar a jogar.
O evento foi ganho pelo Luís Gobern, numa final contra o José Maia por 2-0. O Gobern, depois de quatro finais perdidas, decidiu finalmente fechar a agência de viagens "Luís GO-BARN". Agora, fica a dúvida se devemos dar os parabéns ao Gobern, ou chatear o Maia por ter sido o único a conseguir perder uma final contra o Luís =P Interesting! Parabéns ao L. Gobern!
Quero ainda agradecer à minha mulher, Alice Anjos, que me apoia em tudo o que pode e o que não pode, agradecer aos amigos que me ajudaram a testar para o SCG Open e o PTQ, e um especial agradecimento ao Diogo Varela, pela ajuda no testing, muitas vezes até bastante tarde, onde só resmungamos com sono e parecemos dois idosos a discutir um BenficaxSporting dos anos 60!
Até á proxima e GG's!
João Pedro Franco
https://www.facebook.com/Joaofrancomtg
mtgo "JoaoFranco"
João Pedro Franco, mais conhecido por “o marido da Alice”, tem 28 anos e vem de Leiria. Joga Magic há alguns anos apenas mas tem já um currículo invejável, no qual se destacam o top 8 no maior PTQ português, em Cascais, e a conquista do 3º SCG Invitational Qualifier no Barreiro, que o levou a um 18º lugar no Starcitygames Standard Open em Las Vegas 2013.
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