top of page

The 1-2 Punch (e um aparte!)

André Mateus joga desde 2003 e teve a oportunidade de combinar a paixão de fazer decks com a paixão de escrever. Os seus decks e a sua escrita chamaram a atenção de sites como o da Wizards, Starcitygames. com e Mana Deprived. Agora podem ler mais sobre ele aqui em Mana Ramp e ver as suas rubricas mensais como Modern Masters e Um Pequeno T2.

Olá de novo! Recentemente li um artigo que me abriu os olhos para uma nova abordagem na maneira como construímos decks agressivos. O artigo chama-se “21” e foi escrito por Tom Ross (podem encontrá-lo aqui ). Nele, o autor explica como chegou à sua build hiperagressiva de Mono-Red Aggro, que contém mais one-drops que terrenos. Ross “agarrou” em Standard, atualmente composto apenas pelo bloco de Return to Ravnica (RTR-Gatecrash-Dragon’s Maze) e uma coleção básica (M14), e encostou-o às cordas, aplicando–lhe o “1-2 Punch” ao identificar o que, para ele, eram as cartas-chave do formato (Thoughtseize, Hero’s Downfall e Elspeth, Sun’s Champion) e também uma forma de as tornar irrelevantes, procurando poder e sinergia entre cartas com um custo de mana extremamente reduzido e emparelhando-as com uma manabase incrivelmente simplificada , sem qualquer terreno que entre virado ou produza mana sem cor, de modo a criar o deck mais rápido possível. Este:

 

Mono Red Aggro

por Tom Ross

 

17 Mountain

 

4 Akroan Crusader

3 Arena Athelete

4 Ash Zealot

4 Firedrinker Satyr

4 Foundry Street Denizen

4 Legion Loyalist

4 Rakdos Cackler

 

4 Dragon Mantle

4 Madcap Skills

4 Ligthning Strike

4 Titan’s Strenght

 

Sideboard

1 Pithing Needle

1 Nivmagus Elemental

1 Coordinated Assault

4 Shock

4 Skullcrack

4 Peak Eruption

 

Vermelho era a escolha natural, não só pelo elevado número de 1 e 2-drops disponíveis, como também por estar classicamente associado à habilidade de Ímpeto e também a habilidades mais recentes como Heroico e Batalhão. O facto de ter acesso tanto a pump como burn spells para terminar o jogo é só a cereja no topo do bolo!

 

Mas, o que acontece se aplicarmos o “1-2 Punch” às outras cores?

 

BRANCO

 

O White Weenie atual partilha muitos dos elementos da filosofia de Tom Ross, com múltiplos 1 e 2-drops agressivos e uma curva que culmina em Banisher Priest e Ajani, Caller of Pride. No entanto, estas últimas cartas comprometem-nos a ultrapassar os 20 terrenos e a correr Mutavault, que nos ajuda em situações de flood e também a atingir Batalhão, mas não produz mana colorida. Boros e Orzhov ainda obrigam a mais sacrifícios, forçando-nos a jogar com terrenos que entram virados de modo a ter acesso a Boros Charm e Xathrid Necromancer. Se aplicássemos o “1-2 Punch” a este arquétipo, o resultado seria algo deste género:

 

Mono-White Aggro

 

18 Plains

 

4 Dryad Militant

4 Favored Hoplite

4 Hopeful Eidolon

4 Phalanx Leader

4 Precinct Captain

4 Soldier of the Pantheon

 

2 Dauntless Onslaught

4 Ethereal Armor

4 Gods Willing

4 Pacifism

4 Swift Justice

 

Sideboard

4 Arrest

4 Judge’s Familiar

4 Keening Apparition

3 Renounce the Guilds

 

A sinergia entre spells e encantamentos baratos e criaturas com a habilidade Heroico permite-nos fazer de Favored Hoplite uma ameaça considerável e de Phalanx Leader uma antífona com pernas. O facto de Hopeful Eidolon ser uma ameaça que aumenta o poder de Ethereal Armor e Pacifism um removal que faz o mesmo são também interações que compensam o facto de termos menos de 20 terrenos, nenhum splash nem spells com um custo de mana superior a 2, com a exceção de 2 cópias de Dauntless Onslaught no maindeck e Arrest no sideboard.

 

O sideboard é um dos elementos que mais sofre quando empregamos esta estratégia a uma única cor, mas ainda tem Arrest, que complementa Pacifism como removal spells 5 a 8, aumentando a eficácia de Ethereal Armor e permitindo-nos lidar com um rol de criaturas com habilidades problemáticas tais como Pack Rat e Polukranos, World Eater. Keening Aparation é uma resposta proactiva a Detention Sphere, Domestication, Underworld Connections e Chained to the Rocks. Judge’s Familiar torna Sphinx’s Revelation e Divination muito mais difíceis de resolver. Agora, quanto a Renouce the Guilds…

 

– Aparte sobre Renounce the Guilds

 

Por que razão é que esta carta não se encontra no sideboard de qualquer deck agressivo que use branco como a cor primária? Lida com Nigthveil Specter, Boros Reckoner, Domri Rade, Burning-Tree Emissary e, acima de tudo, Blood Baron of Vizkopa. EXACTO, Blood Varon of Vizkopa! Já não é preciso sideboardar cartas virtualmente mortas como Mizzium Mortars no match-up de Boros vs Esper quando temos uma que também lida com Detention Sphere! Sem falar que não é preciso conceder ou splashar uma segunda cor quando estamos de Mono-White ou até uma terceira quando estamos de Orzhov! Não se esqueçam é de sideboardar as Dryad Militants para fora!

 

– Fim do aparte sobre Renounce the Guilds

 

AZUL

 

Mono-Blue divide o título de “melhor deck do formato” com Mono-Black Devotion e é, provavelmente, o melhor deck aggro que a cor consegue produzir. Não respeita os princípios do “1-2 Punch”, mas tem as melhores 1 e 2-drops a que a cor tem acesso, bem como Nightveil Specter, Thassa, o deus com o custo de mana mais reduzido, e Master of Waves, praticamente a única razão para considerarmos uma estratégia agressiva com a cor azul neste momento. Jace, Architect of Thought e Nyktos, Shrine of Nix são as cartas que mais desrespeitam as leis da “filosofia Rossiana” pelo que, se desejam um toque mais agressivo no vosso Mono-Blue Devotion, recomendo esta versão:

 

Devotion to Blue

Por laughed00

 

20 Island

4 Mutavault

 

4 Cloudfin Raptor

4 Frostburn Weird

4 Judge’s Familiar

4 Master of Waves

4 Nightveil Specter

4 Thassa, God of the Sea

4 Tidebinder Mage

 

2 Bident of Thassa

2 Cyclonic Rift

4 Rapid Hybridization

 

Sideboard

2 Bident of Thassa

1 Cyclonic Rift

2 Dispel

3 Domestication

4 Gainsay

2 Jace, Architect of Thought

1 Negate

 

VERDE

 

Mono-Green Aggro é um arquétipo que desfrutou de algum sucesso antes da rotação do bloco de Innistrad mas, desde aí, poucos têm sido aqueles a investir no deck, talvez pelo facto da interação entre Voyaging Satyr e Nyktos, Shrine of Nix ser demasiado apelativa para ignorar Mono-Green Devotion e optar por uma estratégia mais agressiva, sem Polukranos, World Eater ou Arbor Colossus ao terceiro turno. Todavia, cartas como Experiment One, Dryad Militant e Kalonian Tusker fazem-me acreditar na viabilidade dum deck verde hiperagressivo.

 

Mono-Green Agro

 

14 Forest

4 Overgrown Tomb

 

4 Burning-Tree Emissary

2 Brushstrider

4 Deathrite Shaman

4 Dryad Militant

4 Elvish Mystic

4 Experiment One

4 Kalonian Tusker

4 Reverent Hunter

4 Skylasher

4 Witchstalker

 

4 Giant Growth

 

Sideboard

2 Fade into Antiquity

1 Forest

2 Hunt the Hunter

4 Nylea’s Disciple

2 Plummet

4 Time to Feed

 

Em primeiro lugar, falemos de Brushstrider. Então? Nada de risos…façam lá esse esforço! É uma criatura com 3 de poder que custa apenas 2 de mana e pode ser jogada com a mana do Burning-Tree Emissary, colocando um contador em Experiment One. O splash preto não afecta a curva de mana e dá-nos acesso à segunda habilidade de Deathrite Shaman. Com apenas 18 terrenos, Elvish Mystic torna possível baixar Witchstalker e Reverent Hunter, esta última uma verdadeira ameaça neste deck e quase uma garantia de mais um contador em Experiment One, e Skylasher é extraordinário contra Nightveil Specter, em match-ups de control e contra Mono-Blue Devotion. Giant Growth continua a ser Giant Growth. Sólido em 1994, sólido em 2013.

 

O sideboard contém mais uma floresta de forma a garantir a possibilidade de jogar Nylea’s Disciple e Time to Feed contra matchups agressivos e midrange. Plummet livra-nos de Nightveil Specter, Desecration Demon e Stormbreath Dragon, Hunt the Hunter brilha contra Mono-Green e GR Devotion e Fade into Antiquity exile Detention Sphere, Underworld Connections, Domestication e todos os deuses do formato.

 

PRETO

 

Mono-Black Aggro foi já abordado por alguns deckbuilders, descontentes com a lentidão e a densidade de terrenos de Mono-Black Devotion e na busca de uma estratégia mais agressiva, que melhor aproveitasse Thougthseize e o poder de Pack Rat. A que obteve mais sucesso até hoje foi a lista de Owen Turtenwald:

 

Mono-Black Aggro

Por Owen Turtenwald

 

4 Mutavault

20 Swamp

 

4 Desecration Demon

4 Lifebane Zombie

4 Pack Rat

4 Rakdos Cackler

4 Thrill-Kill Assassin

4 Tormented Hero

 

4 Hero’s Downfall

4 Thoughtseize

4 Ultimate Price

 

Sideboard

4 Dark Betrayal

3 Doom Blade

4 Duress

4 Nightveil Specter

 

A lista de Owen é um excelente ponto de partida, mas é possível torná-la ainda mais agressiva. Desecration Demon e Hero’s Downfall são os maiores violadores das regras doutrinadas pela filosofia do “1-2 Punch”, tal como Mutavault. Todavia, devido à sua favorável interação com Pack Rat, o terreno de M14 tem lugar nesta lista:

 

Mono-Black Aggro

 

4 Mutavault

4 Overgrown Tomb

12 Swamp

 

4 Deathrite Shaman

4 Pack Rat

4 Rakdos Cackler

4 Rakdos Shred-Freak

4 Slitherhead

4 Thrill-Kill Assassin

4 Tormented hero

 

2 Dark Betrayal

2 Doom Blade

4 Thougthseize

4 Ultimate Price

 

Sideboard

4 Blood Scrivener

2 Dark Betrayal

1 Doom Blade

4 Duress

4 Pharika’s Cure

 

O splash verde advém do mesmo princípio referido uns parágrafos acima. Não afeta a curva de mana e dá-nos acesso a mais uma habilidade de Deathrite Shaman. Slitherhead complementa o elfo, Rakdos Cackler e Tormented Hero como one-drops, tendo sinergia com Pack Rat. Rakdos Shred-Freak e Thrill-Kill Assassin são as two-drops mais agressivas a que a cor tem acesso. Dark Betrayal é maindeckable num mundo dividido entre Mono-Black e Mono-Blue Devotion, onde Nightveil Specters infestam o ambiente, enquanto Doom Blade e Ultimate Price são os removal spells mais versáteis a que o deck tem acesso sem nunca ultrapassar o custo de mana convertido de 2 para uma carta puramente reativa. 

 

O sideboard está preenchido por removal spells, Dark Betrayals adicionais contra Mono-Black Devotion, mais um Doom Blade contra uma variedade de matchups e Pharika’s Cure contra os decks mais agressivos. Duress e Blood Scrivener brilham nos matchups de controlo.

 

Serão estes decks competitivos? Talvez sim, talvez não… precisam de trabalho e de serem polidos, mas não há dúvida de que têm potencial. O que há a reter aqui é que esta abordagem, extraordinariamente simples mas tremendamente eficaz, é mais uma arma no arsenal do deckbuilder, útil tanto para construir uma brew destinada a ganhar o FNM local, como para tentar um golpe de sorte e apanhar um metagame desprevenido num PTQ.

 

Obrigado por lerem,

 

André Mateus 

  • s-facebook
  • Google+ Metallic
  • s-youtube
  • s-tumblr

Todo o conteúdo original tem © 2014 Manaramp.wix.com e não pode ser usado ou reproduzido sem consentimento prévio. Wizards of the Coast, Magic: The Gathering, e os seus respectivos logos e marcas são propriedade da Wizards of the Coast LLC. © 2012 Wizards. Todos os direitos reservados. O site manaramp.wix.com não está de forma alguma associada à Wizards of the Coast LLC. Nenhum animal foi ferido durante a produção deste site.

 

|

|

bottom of page